SEMINÁRIO BRASILEIRO DE MUSEOLOGIA - SEBRAMUS, 2 Sebramus

Tamanho da fonte: 
MEMÓRIA AFRO-BRASILEIRA E IDENTIDADE VISUAL: O TRABALHO DE LOUCO, MALUCO E SEGUIDORES
Suzane Pinho Pêpe

Última alteração: 2019-07-19

Resumo


Este  trabalho  trata  da  memória  e  dos  processos  de  construção  de representações simbólicas da cultura do Recôncavo da Bahia, em particular, da produção escultórica dos autodidatas Louco, Maluco e seguidores. Considera a relevância da cultura material de caráter estético e/ou artístico para a afirmação da identidade de segmentos da sociedade e cultura local. Parte de conceitos de cultura,  memória  e  identidade,  e  indica  o  contexto  religioso  que  marca profundamente a produção plástica dos escultores abordados. Há três gerações consecutivas,  transmitem  a  seus  descendentes  técnicas  e  processos,  valores estéticos  e  temas,  ao  produzir  esculturas  e  objetos  de  madeira  do  universo simbólico das religiões afro-brasileiras, do catolicismo, assim como expressam as suas visões sobre o corpo negro, fragmentos e máscaras, enveredando pelas expressões de sentimento humano. Esses escultores contribuem para a memória e a identidade cultural, visto que seus trabalhos carregam histórias e símbolos da cultura da diáspora negra em território de colonização portuguesa. O texto traz como exemplo esculturas que representam o orixá Iemanjá a fim de mostrar relações entre o imaginário social e  o olhar dos escultores sobre o negro e a cultura.

É necessário inscrever-se na conferência para visualizar os documentos.