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HÁ LUGARES QUE EU ME LEMBRO: ENCENANDO O ESPAÇO URBANO NA EXPOSIÇÃO PERMANENTE DO MUSEU THE BEATLES STORY
Última alteração: 2019-07-19
Resumo
A proposta é discutir a exposição permanente do museu The Beatles Story, em Liverpool, Inglaterra, que basicamente é uma seqüência cronológica que reconstitui a história dos Beatles, biograficamente falando, quase sempre pela associação a lugares. O acervo, do ponto de vista da proposta museológica, é inserido como "exemplo", "ilustração", e também não é claramente distinguido de reproduções e outros recursos expográficos de reconstituição de ambientes, como se estivessem ali para emprestar alguma “autenticidade” ao que é basicamente uma retórica da alusão, que constitui a narrativa a partir dessa coleção de lugares “encenados”. Proponho-me aqui a fazer uma leitura crítica da exposição baseada na documentação produzida em campo por mim em junho de 2015, gerando o registro fotográfico e sonoro de todo o percurso, além de material coletado no sítio oficial do museu e em sua página no Facebook. Do ponto de vista conceitual indico duas vias de análise, uma passa pela reflexão sobre espaço/lugar, no sentido de compreender esse movimento de ‘representar’ e ‘colecionar’ os lugares associados aos Beatles dentro da exposição, e outra pelas discussões da museologia relativas às “reconstituições” em exposições. A articulação entre essas duas vias me parece possível a partir de uma reflexão mais ampla sobre formas de apropriação e representação do passado, em diálogo com a historicidade do patrimônio.
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