SEMINÁRIO BRASILEIRO DE MUSEOLOGIA - SEBRAMUS, 2 Sebramus

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GERALDA ARMOND, UMA BRAVA GUARDIÃ DAS TRADIÇÕES
Carina Martins Costa

Última alteração: 2019-07-18

Resumo


O  objetivo  desta  comunicação  é  analisar  a  trajetória  de  uma  intelectual relegada  ao  ostracismo,  mas  que  teve  uma  atuação  relevante  nos  campos político, educativo e  museológico brasileiro.  Geralda Armond (1913-1980) foi diretora  do  Museu  Mariano  Procópio  e,  por  meio  de  suas  ações  educativas, procurar-se-á investigar as noções de educação, História e cultura que a autora mobiliza em sua práxis. A análise recairá, portanto, no período de sua gestão do Museu (1944-1980), importante momento de construção de narrativas sobre o  passado  nacional,  no  qual  os  museus  históricos  foram  palco  de  iniciativas pedagógicas centradas na comemoração e no culto dos heróis.  A gestão Armond foi marcada pela defesa da continuidade institucional e do enquadramento  da  memória  do  fundador  e  colecionador;  pela  luta  pela sustentação  material  do  Museu,  inclusive  com  uma  forte  aproximação  com  o regime  civil  e  militar;  e  pela  busca  da  profissionalização  de  quadros  e  do dinamismo das ações. Assim, a análise das comemorações cívicas, dos guias de divulgação e das exposições permite uma aproximação das ativações memoriais ensejadas por Armond, com atenção para as continuidades, as negociações e as transformações dos projetos, especialmente em sua dimensão pedagógica.

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