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MUSEOLOGIA, DIFERENÇA E NORMATIVIDADE: POR UMA ANALÍTICA DA NORMATIVIDADE NO CAMPO DOS MUSEUS
Última alteração: 2019-07-18
Resumo
A articulação entre Política e Cultura na contemporaneidade enseja uma análise acerca das concepções que pressupõem a existência de essências fundantes de categorias identitárias. Isto se dá em razão das relações que estruturam os sistemas de representação que fundamentam uma ordem hegemônica, as quais disciplinam as identidades dos sujeitos e consagram socialmente o que é construído discursivamente enquanto suas diferenças. Sendo a Cultura a esfera em que se tornam visíveis as contradições e as disputas que são frutos de tais arranjos, onde aqueles que não puderam ser instrumentalizados tensionam com a normatividade no sentido de desestabilizá-la, institucionalidades culturais como os museus se constituem em importante lócus para a compreensão destes processos; a análises de seus desdobramentos; e, fundamentalmente, uma reflexão acerca dos caminhos possíveis a viabilizar projetos emancipatórios a partir de tais instituições. Para tanto, será utilizada como referência a crítica acerca do sujeito em meio ao pensamento de Judith Butler, a qual, embora conceda centralidade em seu pensamento às questões que envolvem o feminismo, e esteja se referindo fundamentalmente ao sujeito construído a partir da categoria “mulheres”, oferece uma importante contribuição sobre como sua produção implica na construção discursiva das diferenças – processo este que vale para outras categorias identitárias; assim como a partir do que Butler concebe enquanto performatividade se encontram possibilidades de superação dos limites que a política representacional impõe aos projetos de emancipação pelo reconhecimento e visibilidade.
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